Jack-In-The-Box

Um Jack-In-The-Box é um brinquedo infantil que consiste numa caixa de música com uma manivela que, ao girar, toca uma melodia e, após algumas voltas, a tampa abre-se abruptamente e revela uma figura, geralmente um palhaço ou bobo da corte (daí o nome “Jack”).
Alguns modelos abrem aleatoriamente durante a música o que aumenta o efeito surpresa. Muitos dos que utilizam a melodia “Pop Goes the Weasel” abrem exatamente na parte da música em que a palavra “pop” seria cantada.

Origem

Existe a teoria de que a origem do Jack-In-The-Box remonta ao prelado inglês do século XIV, Sir John Schorne, frequentemente retratado a segurar uma bota com um diabo dentro. Segundo o folclore, ele teria aprisionado o diabo numa bota para proteger a vila de North Marston, em Buckinghamshire.
Em francês, o brinquedo é chamado de “Diable en Boîte” (“Diabo na Caixa”). A expressão “Jack-In-The-Box” apareceu pela primeira vez na literatura por John Foxe, no seu livro “Actes and Monuments”, publicado em 1563, onde era usada para descrever um aldrabão que vendia caixas vazias em vez dos produtos prometidos. Também foi mencionada na “Crônica dos Greyfriars de Londres” em 1547, referindo-se de forma pejorativa à presença real de Cristo na Eucaristia.

História

No início dos anos 1500, o primeiro Jack-In-The-Box foi criado por um relojoeiro alemão chamado Claus. Ele construiu uma caixa de madeira com bordas metálicas e uma manivela que, ao ser girada, fazia surgir uma figura animada representando um diabo ou “Jack”. O brinquedo foi um presente para o quinto aniversário de um príncipe local. Após verem o brinquedo, outros nobres encomendaram as suas próprias versões para seus filhos. No início do século XVIII, com mecanismos de brinquedo aprimorados, o Jack-In-The-Box tornou-se mais acessível a todas as crianças, não apenas à realeza.

Modelos

Originalmente, o Jack-In-The-Box era feito de madeira, mas com o avanço da tecnologia, passou a ser construído com papelão impresso. Por volta da década de 1930, tornou-se um brinquedo de corda feito de lata. As caixas de lata começaram a ser decoradas com imagens de rimas infantis e as suas melodias correspondentes. Ao longo dos anos, o Jack-In-The-Box evoluiu para incluir personagens além do palhaço, como o Ursinho Pooh, O Gato do Chapéu, Os Três Porquinhos, gatinhos, cachorros, Curious George, Pai Natal, girafas, entre outros.

Distribuição

A partir de 1935 e durante 20 anos, a primeira empresa a distribuir o brinquedo foi uma pequena firma chamada Joy Toy, localizada na Itália e nos Países Baixos. Desde então, empresas como Fisher Price, Chad Valley, Mattel e Tomy desempenharam papéis importantes na distribuição do Jack-In-The-Box.

Na cultura popular

O Jack-In-The-Box é usado há séculos por cartoonistas para descrever e satirizar políticos.
A empresa americana de fast-food Jack in the Box usou o brinquedo como mascote no início dos anos 1950.
Um desenho animado da Disney de 1945 chamado “The Clock Watcher” mostra as várias tentativas fracassadas do Pato Donald para fechar um Jack-In-The-Box.
Um inimigo no jogo “Lethal Company” é semelhante a um Jack-In-The-Box.
Os filmes “The Jack In The Box” apresenta um demónio que se disfarça como um Jack-In-The-Box.
O especial de TV de 1964 “Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho” mostra um lugar chamado Ilha dos Brinquedos Defeituosos, com um “Charlie-In-The-Box” em vez de um “Jack-In-The-Box”, o que o torna um brinquedo inadequado na história.